Ciência
– Mundo Cientifico –
Falta de
exercício é o maior fator de risco para doenças cardíacas em mulheres acima de
30 anos, diz estudo
Por BBC Brasil
11 de maio de 2014
Pesquisa foi
feita por cientistas com mais de 30 mil
mulheres da Austrália nascidas nas décadas de 20, 40 e 70
A
falta de exercício é o maior fator de risco para o
aparecimento de doenças cardíacas em mulheres acima de 30 anos, revelou um novo
estudo.
A pesquisa foi feita por
cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, com mais de 30 mil mulheres do país nascidas nas décadas de 20, 40 e 70.
Eles constataram que o tabagismo teve o maior impacto
sobre o risco de doenças cardíacas em mulheres abaixo de 30 anos.
No entanto, à medida em que elas
ficavam mais velhas e abandonavam o cigarro, a falta de atividade física passou a ter influência dominante sobre o aparecimento de
problemas ligados ao coração.
Segundo os cientistas, as
autoridades de saúde devem continuar encorajando as pessoas a deixaram de fumar,
porém deveriam também se concentrar em promover a prática da atividade física.
"Precisamos de um maior
empenho das autoridades no sentido de manter as mulheres de meia-idade ativas
para que elas possam chegar à velhice mais saudáveis e praticando exercícios
físicos", disse à BBC Wendy Brown, professora do centro para apesquisa sobre o exercício, atividade física e saúde da Universidade de
Queensland.
Brown sugere às mulheres fazer exercícios diários de pelo
menos 30 minutos para reduzir os riscos de problemas cardíacos.
"Garanto que qualquer mulher que faça pelo menos 30
minutos de exercício físico por dia vai sentir grandes melhorias em sua
saúde", diz Brown.
"Só a prática de atividade física reduz em 50% o
risco de doenças cardíacas", acrescenta ela.
Os pesquisadores afirmam ainda que se todos as mulheres
acima de 30 anos na Austrália seguissem as diretrizes recomendadas de exercício
físico, cerca de 3 mil vidas poderiam ser salvas por ano no país.
Brasil
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam um aumento
no número de brasileiros que incorporam os exercícios físicos à rotina.
Entre 2009 e 2013, segundo a
pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), cresceu de 30,3% para 33,8% a proporção de
pessoas que realizam atividade física no período de lazer.
Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios
no tempo livre, enquanto que, em 2009, o índice era de 39,7%.
Entretanto, o aumento da prática de exercícios entre as mulheres foi maior, passando de 22,2% para 27,4%
no mesmo período.
Ainda assim, mais da metade da população – 50,8% - está
acima do peso ideal – destes, 17,5% são considerados obesos.
A pesquisa Vigitel ouviu cerca de 23 mil brasileiros
maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.
Disponível em < http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140511_falta_exercicio_fisico_mulher_doenca_cardiaca_lgb.shtml
> Acesso dia 12 de maio de 2014.
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