Ciência – Mundo Cientifico
–
HSTS:
a tecnologia de segurança que deveria ser
usada por todos os sites
Por Tech Mundo
06 de maio de 2014
Recurso ajuda a garantir a segurança da transferência de dados entre uma
página e o seu navegador e já é utilizado por diversos serviços da web
A internet é vasta
e pode não ser um lugar exatamente seguro a todo instante. E segurança aqui não
inclui conteúdos impróprios que podem chegar aos olhos de uma criança, por
exemplo, mas sim a garantia de que os dados que vão e vêm entre o seu
computador e a rede não são interceptados por gente mal intencionada.
Nesse sentido, quem pensa em transformar a web em um local mais seguro
para centenas de milhões de usuários acaba desenvolvendo recursos capazes de
cuidar de alguns aspectos desse cenário. O uso do protocolo seguro HTTPS é, por
exemplo, um dos mecanismos úteis para fortalecer a segurança da transferência
de dados entre a internet e o navegador.
Porém, ele por si
só não garante muita coisa, visto que hackers podem “enganar” o seu navegador
e, com isso, interceptar uma conexão aberta na qual você está ligado — em um
café, aeroporto, shopping etc. — para enganar seu browser. E é justamente aí
que entra o HSTS, uma tecnologia capaz de contar ao navegador que uma conexão
entre ele e uma página só deve ser feita de forma segura, ajudando a evitar
ataques.
O bom e velho HTTPS
As transferências
de dados ocorridas entre o seu computador e a internet são intermediadas pelo
protocolo HTTP. Para garantir a segurança e a privacidade das informações, ele
conta com uma versão segura, com a utilização do protocolo SSL/TLS, conhecida como
HTTPS.
Você pode identificar se um site oferece essa conexão segura por meio do
ícone de um cadeado que aparece na barra de endereço dos principais navegadores
da atualidade. Sites
com informações sensíveis, como bancos e emails, são os mais
convencionais quando o assunto é oferecer esse tipo de recurso.
Atualmente, porém, redes sociais como Twitter e Facebook e até mesmo o
buscador da Google também utilizam o protocolo HTTPS para garantir a segurança
da transferência de dados entre seus usuários e seus servidores. Mas, apesar da
tecnologia, o seu PC ainda pode ser alvo de ações indevidas.
Enganando o navegador
Quando você se
conecta ao site do seu banco em uma rede aberta em um local público, nota que o
navegador indica o ícone em forma de cadeado e fica tranquilo, pensando que
está tudo seguro — mas isso pode não ser verdade. Nesse processo, alguém mal
intencionado pode ter usado um laptop como ponto de acesso WiFi para
interceptar suas informações.
Além disso, alguém mais desatento pode não perceber que o ícone em forma
de cadeado, típico de conexões seguras, pode não passar
de um favicon definido pelo atacante para uma página falsa. Assim, ele
intercepta os dados e você, antes de acessar o site real do seu banco, é levado
para uma página falsa e exatamente igual à original.
Assim, quando você
digita seus dados, eles não são repassados ao servidor da instituição bancária,
mas sim a alguém que pode usá-los para prejudicar você — e então começam os
transtornos. O cenário pode parecer assustador e até meio bizarro, daqueles só
vistos em filmes, mas isso pode sim ocorrer na vida real, inclusive com métodos
automáticos para tornar mais prática a vida dos invasores.
HSTS: contando ao navegador que a conexão deve ser segura
Normalmente, o
atacante utiliza uma conexão convencional, então seu navegador não identifica
nada de errado — os browsers normalmente notificam o usuário quando identificam
alguma ameaça de segurança, mas a ação nesse caso é interpretada como legal e
você cai na armadilha sem perceber.
Se o site
utilizasse o método HSTS, abreviação para HTTP Strict Transport Security, o
servidor informaria ao navegador que a conexão entre ambos só pode ser feita de
forma segura. Assim, no início do processo, o browser faria a ligação com o
site do banco, receberia as informações e emitiria uma notificação de que a
conexão não é segura e, portanto, não pode ser completada, evitando a
interceptação dos seus dados.
A ideia parece simples e genial, afinal você não precisa fazer nada: o
navegador trabalha em conjunto com a página para evitar ações mal
intencionadas. Entretanto, apenasFirefox, Chrome e Opera têm suporte para HSTS — o Internet Explorer, navegador mais
usado no mundo, não trabalha com esse tipo de recurso.
Informação e cuidado
A Electronict Frontier Foundation (EFF),
organização sem fins lucrativos que defende as liberdades civis na internet,
aponta que um dos principais motivos para a ausência do recurso em um maior número
de sites é o desconhecimento dos programadores.
Para combater esse
o desconhecimento, as equipes de desenvolvimento por trás dos navegadores da
Mozilla e da Google oferecem informação: ambas mantêm páginas com instruções
sobre como um programador deve proceder para ativar a HSTS em sua página (aqui e aqui).
Já a EFF conta inclusive com uma extensão “HTTPS everywhere” para Firefox, Chrome, Opera
e Android, que força a conexão segura sempre que ela é possível e ajuda a
proteger o usuário.
SAIBA MAISA segurança é a última que morre!Dia da Internet Segura 2014: Construindo Juntos uma
Internet MelhorO que é TCP/IP?
Entretanto, como
muita gente ainda utiliza o Internet Explorer e também como muitos sites ainda
não trabalham com a tecnologia HSTS, a maior ferramenta para evitar cair em uma
armadilha dessas é ficar atento.Inspecione bem as
páginas que visita quando acessa a web a partir de uma rede aberta, pois por
mais improváveis que possam parecer, as ameaças existem.
Texto em PDF:
Disponível em < http://www.tecmundo.com.br/internet-segura/54282-hsts-a-tecnologia-de-seguranca-que-deveria-ser-usada-por-todos-os-sites.htm?utm_source=HomePortal&utm_medium=baixaki
> Acesso dia 08 de maio de 2014.
Ciência – Mundo Cientifico
–
HSTS:
a tecnologia de segurança que deveria ser
usada por todos os sites
Por Tech Mundo
06 de maio de 2014
Recurso ajuda a garantir a segurança da transferência de dados entre uma
página e o seu navegador e já é utilizado por diversos serviços da web
A internet é vasta
e pode não ser um lugar exatamente seguro a todo instante. E segurança aqui não
inclui conteúdos impróprios que podem chegar aos olhos de uma criança, por
exemplo, mas sim a garantia de que os dados que vão e vêm entre o seu
computador e a rede não são interceptados por gente mal intencionada.
Nesse sentido, quem pensa em transformar a web em um local mais seguro
para centenas de milhões de usuários acaba desenvolvendo recursos capazes de
cuidar de alguns aspectos desse cenário. O uso do protocolo seguro HTTPS é, por
exemplo, um dos mecanismos úteis para fortalecer a segurança da transferência
de dados entre a internet e o navegador.
Porém, ele por si
só não garante muita coisa, visto que hackers podem “enganar” o seu navegador
e, com isso, interceptar uma conexão aberta na qual você está ligado — em um
café, aeroporto, shopping etc. — para enganar seu browser. E é justamente aí
que entra o HSTS, uma tecnologia capaz de contar ao navegador que uma conexão
entre ele e uma página só deve ser feita de forma segura, ajudando a evitar
ataques.
O bom e velho HTTPS
As transferências
de dados ocorridas entre o seu computador e a internet são intermediadas pelo
protocolo HTTP. Para garantir a segurança e a privacidade das informações, ele
conta com uma versão segura, com a utilização do protocolo SSL/TLS, conhecida como
HTTPS.
Você pode identificar se um site oferece essa conexão segura por meio do
ícone de um cadeado que aparece na barra de endereço dos principais navegadores
da atualidade. Sites
com informações sensíveis, como bancos e emails, são os mais
convencionais quando o assunto é oferecer esse tipo de recurso.
Atualmente, porém, redes sociais como Twitter e Facebook e até mesmo o
buscador da Google também utilizam o protocolo HTTPS para garantir a segurança
da transferência de dados entre seus usuários e seus servidores. Mas, apesar da
tecnologia, o seu PC ainda pode ser alvo de ações indevidas.
Enganando o navegador
Quando você se
conecta ao site do seu banco em uma rede aberta em um local público, nota que o
navegador indica o ícone em forma de cadeado e fica tranquilo, pensando que
está tudo seguro — mas isso pode não ser verdade. Nesse processo, alguém mal
intencionado pode ter usado um laptop como ponto de acesso WiFi para
interceptar suas informações.
Além disso, alguém mais desatento pode não perceber que o ícone em forma
de cadeado, típico de conexões seguras, pode não passar
de um favicon definido pelo atacante para uma página falsa. Assim, ele
intercepta os dados e você, antes de acessar o site real do seu banco, é levado
para uma página falsa e exatamente igual à original.
Assim, quando você
digita seus dados, eles não são repassados ao servidor da instituição bancária,
mas sim a alguém que pode usá-los para prejudicar você — e então começam os
transtornos. O cenário pode parecer assustador e até meio bizarro, daqueles só
vistos em filmes, mas isso pode sim ocorrer na vida real, inclusive com métodos
automáticos para tornar mais prática a vida dos invasores.
HSTS: contando ao navegador que a conexão deve ser segura
Normalmente, o
atacante utiliza uma conexão convencional, então seu navegador não identifica
nada de errado — os browsers normalmente notificam o usuário quando identificam
alguma ameaça de segurança, mas a ação nesse caso é interpretada como legal e
você cai na armadilha sem perceber.
Se o site
utilizasse o método HSTS, abreviação para HTTP Strict Transport Security, o
servidor informaria ao navegador que a conexão entre ambos só pode ser feita de
forma segura. Assim, no início do processo, o browser faria a ligação com o
site do banco, receberia as informações e emitiria uma notificação de que a
conexão não é segura e, portanto, não pode ser completada, evitando a
interceptação dos seus dados.
A ideia parece simples e genial, afinal você não precisa fazer nada: o
navegador trabalha em conjunto com a página para evitar ações mal
intencionadas. Entretanto, apenasFirefox, Chrome e Opera têm suporte para HSTS — o Internet Explorer, navegador mais
usado no mundo, não trabalha com esse tipo de recurso.
Informação e cuidado
A Electronict Frontier Foundation (EFF),
organização sem fins lucrativos que defende as liberdades civis na internet,
aponta que um dos principais motivos para a ausência do recurso em um maior número
de sites é o desconhecimento dos programadores.
Para combater esse
o desconhecimento, as equipes de desenvolvimento por trás dos navegadores da
Mozilla e da Google oferecem informação: ambas mantêm páginas com instruções
sobre como um programador deve proceder para ativar a HSTS em sua página (aqui e aqui).
Já a EFF conta inclusive com uma extensão “HTTPS everywhere” para Firefox, Chrome, Opera
e Android, que força a conexão segura sempre que ela é possível e ajuda a
proteger o usuário.
SAIBA MAISA segurança é a última que morre!Dia da Internet Segura 2014: Construindo Juntos uma
Internet MelhorO que é TCP/IP?
Entretanto, como
muita gente ainda utiliza o Internet Explorer e também como muitos sites ainda
não trabalham com a tecnologia HSTS, a maior ferramenta para evitar cair em uma
armadilha dessas é ficar atento.Inspecione bem as
páginas que visita quando acessa a web a partir de uma rede aberta, pois por
mais improváveis que possam parecer, as ameaças existem.
Texto em PDF:
Disponível em < http://www.tecmundo.com.br/internet-segura/54282-hsts-a-tecnologia-de-seguranca-que-deveria-ser-usada-por-todos-os-sites.htm?utm_source=HomePortal&utm_medium=baixaki > Acesso dia 08 de maio de 2014.
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