Ciência
– Mundo Cientifico –
Justiça
europeia autoriza cidadãos a sumirem das pesquisas do Google
Por Jornal Nacional
13 de maio de 2014
Decisão
que pode ter reflexos na internet mundial foi a favor de um cidadão espanhol.
A maneira mais comum de procurar informações na internet
foi posta em xeque por uma decisão da justiça europeia. Um tribunal autorizou
cidadãos a pedirem que os nomes deles não apareçam nas buscas do google. Foi o
reconhecimento do chamado direito de ser esquecido.
A decisão
que pode ter reflexos na internet mundial foi a favor de um cidadão espanhol:
Mario Costeja Gonzales.
Quando
alguém procurava o nome na internet, aparecia uma antiga notícia sobre a venda
da casa dele para pagar dívidas. Nesta terça-feira (13), ele
ganhou a ação contra o Google, a maior empresa de buscas da internet do mundo.
O tribunal de justiça da União Europeia, a mais alta corte do continente, decidiu que as ferramentas de busca são obrigadas a eliminar da lista que apresentam aos internautas os links para as páginas que contenham informações sobre uma pessoa, se ela assim desejar.
O tribunal de justiça da União Europeia, a mais alta corte do continente, decidiu que as ferramentas de busca são obrigadas a eliminar da lista que apresentam aos internautas os links para as páginas que contenham informações sobre uma pessoa, se ela assim desejar.
A internet
é uma espécie de gigantesca biblioteca. A ferramenta de busca é como a bibliotecária que nos
ajuda a encontrar o que queremos. A decisão desta terça não exige que
informações sejam apagadas da internet. Mas, sem a ajuda das ferramentas de
busca, será muito difícil encontrá-las, ficarão praticamente perdidas.
Uma
porta-voz da comissão europeia disse que a privacidade dos cidadãos será mais
protegida. A empresa declarou que vai precisar de tempo para analisar as
consequências.
A decisão
vale para todas as ferramentas de busca que tenham escritório na Europa e para
casos ocorridos neste continente. Mas em tese, não se aplica a pessoas
públicas.
Melody
Patry, da organização Index on Censorship, que luta pela liberdade de expressão, disse que o caso é claramente censura,
porque o tribunal não proibiu a difamação de uma pessoa, mas impediu o acesso a
um fato que realmente ocorreu. "Isso pode encorajar países como o Brasil a
fazer o mesmo, já que há inúmeros casos de difamação e pedidos para tirar
conteúdo da internet", disse.
De acordo com a página do Google, o Brasil é o
segundo país em número de ordens judiciais para impedir acesso à conteúdo da
internet, só perde para os Estados Unidos.
Disponível
em < http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/05/justica-europeia-autoriza-cidadaos-sumirem-das-pesquisas-do-google.html
> Acesso dia 14 de maio de 2013.
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