Ciência
– Mundo Cientifico –
Conquista do espaço: como o lixo espacial será eliminado
Por Discovery Brasil
13 de maio de 2013
Orbitando ao redor
da Terra, existem cerca de seis mil toneladas de objetos artificiais sem
utilidade – de grandes fragmentos de foguetes e satélites velhos (além do pó e
da tinta que se desprendem) a restos de explosões.
Esta grande quantidade de sucata representa uma ameaça aos satélites em
funcionamento, assim como para as naves particulares que, em um futuro próximo,
começarão a explorar o espaço como ponto turístico, não poupando sequer a
Estação Espacial Internacional.
O problema é que cada resíduo que vaga sem rumo e a uma grande
velocidade torna-se um bólido capaz de destruir ou danificar o que cruzar o seu
caminho. Esses impactos, além de causarem prejuízos econômicos, geram cada vez
mais lixo, um efeito-dominó denominado Síndrome de Kessler.
“Os resíduos espaciais representam ameaças reais aos voos espaciais
humanos e às missões robóticas. Atualmente, essas ameaças são, em grande
medida, administradas por meio de técnicas operacionais”, explicou o diretor
científico de resíduos orbitais da NASA, Nicholas Johnson.
No entanto, é evidente a necessidade de ir além e criar estratégias
eficazes. Conheça abaixo alguns dos projetos que oferecem alternativas para
solucionar o problema do lixo espacial.
Raios
laser da NASA
A ideia da agência espacial norte-americana não é eliminar o lixo
espacial em si, mas desviá-lo, com um laser de baixa potência, quando ele se
aproximar de algum satélite ou da Estação Espacial Internacional, evitando,
desta maneira, colisões.
Segundo os cientistas que trabalham no projeto, o sistema seria uma
solução de fácil implementação e, acima de tudo, econômica.
Outro ponto a favor é a capacidade de detectar escombros com tamanho
inferior a dez centímetros, que, por incrível que pareça, representam um risco
maior para a Terra.
O arpão da Astrium
O plano dessa empresa multinacional é digno de um filme de ficção
científica: uma nave espacial não tripulada realizaria “missões de caça”, cuja
primeira parte consistiria em se aproximar do objeto perigoso e disparar um
arpão com ganchos para acoplar um pequeno propulsor. A segunda fase seria
rebocar a sucata até a atmosfera, incinerando-a na reentrada. A cada viagem,
até dez resíduos poderiam ser eliminados.
Projeto Clean Space
A nova iniciativa da Agência Espacial Europeia (ESA), denominada Clean
Space, busca reduzir o impacto ambiental das atividades espaciais, diminuindo a
geração de resíduos e a poluição, tanto na Terra como no espaço.
Para isso, a ESA desenvolve processos e materiais substitutos mais
ecológicos, além de novas técnicas para deter a geração de lixo espacial e
remover os resíduos existentes.
Um dos núcleos centrais do projeto é a construção de uma nave – a Clean
Space One – que se aproximaria dos pedaços de sucata, capturando-os e
transportando-os até a atmosfera terrestre, onde seriam desintegrados. O
procedimento é similar ao proposto pela Astrium.
O projeto Clean Space também desenvolverá dispositivos ativos e passivos
para retirar o lixo espacial da órbita do planeta, além de criar soluções para
reduzir os riscos gerados por satélites fora de uso.
Deter a geração de lixo espacial é de suma importância, inclusive para a
vida diária na Terra, como explica Jaime Reed, diretor do projeto da Astrium:
“Mesmo sem se dar conta, o cidadão comum depende muito do espaço: o GPS no
celular, as telecomunicações, a televisão, a previsão do tempo… são coisas
subestimadas. Os resíduos espaciais poderiam destruir facilmente alguns
satélites que fornecem os serviços citados, gerando um impacto real na vida das
pessoas”.
Texto PDF:
Disponível em < http://noticias.discoverybrasil.uol.com.br/conquista-do-espaco-como-o-lixo-espacial-sera-eliminado/
> Acesso dia 10 de junho.
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