segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ciência – Mundo Cientifico – Conquista do espaço: como o lixo espacial será eliminado


Ciência – Mundo Cientifico –

Conquista do espaço: como o lixo espacial será eliminado
Por Discovery Brasil
13 de maio de 2013

Orbitando ao redor da Terra, existem cerca de seis mil toneladas de objetos artificiais sem utilidade – de grandes fragmentos de foguetes e satélites velhos (além do pó e da tinta que se desprendem) a restos de explosões.
Esta grande quantidade de sucata representa uma ameaça aos satélites em funcionamento, assim como para as naves particulares que, em um futuro próximo, começarão a explorar o espaço como ponto turístico, não poupando sequer a Estação Espacial Internacional.
O problema é que cada resíduo que vaga sem rumo e a uma grande velocidade torna-se um bólido capaz de destruir ou danificar o que cruzar o seu caminho. Esses impactos, além de causarem prejuízos econômicos, geram cada vez mais lixo, um efeito-dominó denominado Síndrome de Kessler.
“Os resíduos espaciais representam ameaças reais aos voos espaciais humanos e às missões robóticas. Atualmente, essas ameaças são, em grande medida, administradas por meio de técnicas operacionais”, explicou o diretor científico de resíduos orbitais da NASA, Nicholas Johnson.
No entanto, é evidente a necessidade de ir além e criar estratégias eficazes. Conheça abaixo alguns dos projetos que oferecem alternativas para solucionar o problema do lixo espacial.
Raios laser da NASA
A ideia da agência espacial norte-americana não é eliminar o lixo espacial em si, mas desviá-lo, com um laser de baixa potência, quando ele se aproximar de algum satélite ou da Estação Espacial Internacional, evitando, desta maneira, colisões.
Segundo os cientistas que trabalham no projeto, o sistema seria uma solução de fácil implementação e, acima de tudo, econômica.
Outro ponto a favor é a capacidade de detectar escombros com tamanho inferior a dez centímetros, que, por incrível que pareça, representam um risco maior para a Terra.
O arpão da Astrium
O plano dessa empresa multinacional é digno de um filme de ficção científica: uma nave espacial não tripulada realizaria “missões de caça”, cuja primeira parte consistiria em se aproximar do objeto perigoso e disparar um arpão com ganchos para acoplar um pequeno propulsor. A segunda fase seria rebocar a sucata até a atmosfera, incinerando-a na reentrada. A cada viagem, até dez resíduos poderiam ser eliminados.

Projeto Clean Space
A nova iniciativa da Agência Espacial Europeia (ESA), denominada Clean Space, busca reduzir o impacto ambiental das atividades espaciais, diminuindo a geração de resíduos e a poluição, tanto na Terra como no espaço.
Para isso, a ESA desenvolve processos e materiais substitutos mais ecológicos, além de novas técnicas para deter a geração de lixo espacial e remover os resíduos existentes.
Um dos núcleos centrais do projeto é a construção de uma nave – a Clean Space One – que se aproximaria dos pedaços de sucata, capturando-os e transportando-os até a atmosfera terrestre, onde seriam desintegrados. O procedimento é similar ao proposto pela Astrium.
O projeto Clean Space também desenvolverá dispositivos ativos e passivos para retirar o lixo espacial da órbita do planeta, além de criar soluções para reduzir os riscos gerados por satélites fora de uso.
Deter a geração de lixo espacial é de suma importância, inclusive para a vida diária na Terra, como explica Jaime Reed, diretor do projeto da Astrium: “Mesmo sem se dar conta, o cidadão comum depende muito do espaço: o GPS no celular, as telecomunicações, a televisão, a previsão do tempo… são coisas subestimadas. Os resíduos espaciais poderiam destruir facilmente alguns satélites que fornecem os serviços citados, gerando um impacto real na vida das pessoas”.
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