segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ciência – Mundo Cientifico - A nova e pujante cultura empreendedora da África


Ciência – Mundo Cientifico -

A nova e pujante cultura empreendedora da África
Por Discovery Brasil
06 de maio de 2013

O continente africano não se caracteriza exatamente pelo desenvolvimento tecnológico. Enquanto a cobertura média da internet é de 32% em todo o mundo, apenas 11% dos africanos se conectam à web através de computadores ou celulares. No entanto, a desigualdade é grande no continente: na Nigéria, por exemplo, 28% da população tem acesso à internet, enquanto na Etiópia, não chega a 1%. Ainda assim, foi a região que mais avançou em conexão e inclusão digital no período 2000-2012. Agora esse crescimento produz seus frutos.
A prova mais palpável desse avanço está nos 45 centros colaborativos de inovação, instalados em diferentes regiões da África. Para celebrar esta primavera tecnológica, seguem alguns exemplos desses empreendimentos.
Co-Creation Hub
Este centro, na Nigéria, se define como um espaço catalisador que fomenta a criação coletiva por meio de múltiplos projetos. Seu último lançamento foi a Ideas 2020, uma plataforma que reúne ideias dos cidadãos para melhorar o país, tendo como meta o ano de 2020, quando se espera que o país esteja entre as vinte maiores economias do mundo.
Para facilitar a divulgação e a compreensão do orçamento do governo da Nigéria, o Cc Hub criou o Budgit. Criado com a finalidade de evitar pontos obscuros no destino dos recursos públicos, o aplicativo tornou-se um sucesso desde seu lançamento, em setembro de 2012; em menos de um mês, já havia recebido mais de 100 mil visitas.

iLab Libéria
Esta organização sem fins lucrativos fornece acesso a tecnologia de ponta, assistência técnica profissional e serviços de comunicação na Libéria. Também ministra cursos gratuitos sobre tecnologias de informação e comunicação para o público em geral, e organiza eventos que reúnem especialistas e interessados no assunto.
Também conta com um laboratório que contém 15 computadores – com acesso gratuito à internet – e a conexão mais rápida do país. A velocidade e a largura de banda permitem a realização de video-conferências, transmissões de vídeo e o uso de todos os aplicativos da Web 2.0.
iHub
Tendo o Quênia como centro de suas operações, o IHub funciona como uma incubadora, reunindo investidores, especialistas em tecnologia, programadores, designers e interessados no desenvolvimento do país. Recentemente, recebeu um prêmio de 150 mil dólares do Google para expandir suas operações.
Uma de suas principais realizações é o M-Farm, um serviço de telefonia móvel que envia informações em tempo real aos fazendeiros. Seus usuários na zona rural podem comparar preços para comprar insumos, receber alertas meteorológicos para planejar o manejo das plantações e ter acesso às últimas informações sobre produtos agrícolas. O serviço também permite a comunicação entre os usuários.
TANZICT
Trata-se de um projeto bilateral, lançado em agosto de 2011, entre o Ministério de Comunicações, Ciência e Tecnologia da Tanzânia e o programa de Relações Internacionais da Finlândia. A finalidade do convênio é aumentar a presença e a abrangência da população conectada e bem-informada da nação africana.
Suas principais metas incluem: financiar a revisão e a implementação de TCIs, reforçar a capacidade institucional do Ministério das Comunicações e criar o Programa de Inovações da Tanzânia. Esse último objetivo envolve o desenvolvimento de facilidades tecnológicas e a geração de um ambiente apropriado para o intercâmbio de ideias entre estudantes, profissionais, empreendedores, institutos e governos.
No Programa de Inovações, as start ups terão acesso a bolsas e consultorias que fomentem o crescimento local.

Macha Works
Este grupo de trabalho, com sede na Zâmbia, dedica-se a melhorar a qualidade de vida na zona rural. A chave para o desenvolvimento do setor está na geração de renda contínua, para tirar da pobreza os pequenos produtores e seus familiares.
A Macha Works identifica dois problemas que inibem o desenvolvimento no campo: a falta de atrativos para concentrar empreendedores talentosos e dispostos a se estabelecer na zona rural, e o alto custo de distribuição e transporte de produtos.
Seu objetivo é recorrer a todos os meios possíveis para facilitar o trabalho de seus “heróis” – pessoas que se instalam nas comunidades rurais da Zâmbia para fomentar o desenvolvimento local.
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