Ciência – Mundo
Cientifico -
A nova e pujante cultura
empreendedora da África
Por Discovery Brasil
06 de maio de 2013
O continente africano não se caracteriza exatamente
pelo desenvolvimento tecnológico. Enquanto a cobertura média da internet é de
32% em todo o mundo, apenas 11% dos africanos se conectam à web através de
computadores ou celulares. No entanto, a desigualdade é grande no continente:
na Nigéria, por exemplo, 28% da população tem acesso à internet, enquanto na
Etiópia, não chega a 1%. Ainda assim, foi a região que mais avançou em conexão
e inclusão digital no período 2000-2012. Agora esse crescimento produz seus
frutos.
A prova mais palpável desse avanço está nos 45
centros colaborativos de inovação, instalados em diferentes regiões da África.
Para celebrar esta primavera tecnológica, seguem alguns exemplos desses
empreendimentos.
Co-Creation Hub
Este centro,
na Nigéria, se define como um espaço catalisador que fomenta a criação coletiva
por meio de múltiplos projetos. Seu último lançamento foi a Ideas 2020, uma plataforma que reúne ideias dos
cidadãos para melhorar o país, tendo como meta o ano de 2020, quando se espera
que o país esteja entre as vinte maiores economias do mundo.
Para
facilitar a divulgação e a compreensão do orçamento do governo da Nigéria, o Cc
Hub criou o Budgit. Criado com a finalidade de
evitar pontos obscuros no destino dos recursos públicos, o aplicativo tornou-se
um sucesso desde seu lançamento, em setembro de 2012; em menos de um mês, já
havia recebido mais de 100 mil visitas.
iLab Libéria
Esta organização sem fins lucrativos fornece acesso
a tecnologia de ponta, assistência técnica profissional e serviços de
comunicação na Libéria. Também ministra cursos gratuitos sobre tecnologias de
informação e comunicação para o público em geral, e organiza eventos que reúnem
especialistas e interessados no assunto.
Também conta com um laboratório que contém 15
computadores – com acesso gratuito à internet – e a conexão mais rápida do
país. A velocidade e a largura de banda permitem a realização de
video-conferências, transmissões de vídeo e o uso de todos os aplicativos da
Web 2.0.
iHub
Tendo o Quênia como centro de suas operações, o
IHub funciona como uma incubadora, reunindo investidores, especialistas em
tecnologia, programadores, designers e interessados no desenvolvimento do país.
Recentemente, recebeu um prêmio de 150 mil dólares do Google para expandir suas
operações.
Uma de suas principais realizações é o M-Farm, um
serviço de telefonia móvel que envia informações em tempo real aos fazendeiros.
Seus usuários na zona rural podem comparar preços para comprar insumos, receber
alertas meteorológicos para planejar o manejo das plantações e ter acesso às
últimas informações sobre produtos agrícolas. O serviço também permite a
comunicação entre os usuários.
TANZICT
Trata-se de um projeto bilateral, lançado em agosto
de 2011, entre o Ministério de Comunicações, Ciência e Tecnologia da Tanzânia e
o programa de Relações Internacionais da Finlândia. A finalidade do convênio é
aumentar a presença e a abrangência da população conectada e bem-informada da
nação africana.
Suas principais metas incluem: financiar a revisão
e a implementação de TCIs, reforçar a capacidade institucional do Ministério
das Comunicações e criar o Programa de Inovações da Tanzânia. Esse último
objetivo envolve o desenvolvimento de facilidades tecnológicas e a geração de
um ambiente apropriado para o intercâmbio de ideias entre estudantes,
profissionais, empreendedores, institutos e governos.
No Programa de Inovações, as start ups terão acesso
a bolsas e consultorias que fomentem o crescimento local.
Macha Works
Este grupo de trabalho, com sede na Zâmbia,
dedica-se a melhorar a qualidade de vida na zona rural. A chave para o
desenvolvimento do setor está na geração de renda contínua, para tirar da
pobreza os pequenos produtores e seus familiares.
A Macha Works identifica dois problemas que inibem
o desenvolvimento no campo: a falta de atrativos para concentrar empreendedores
talentosos e dispostos a se estabelecer na zona rural, e o alto custo de
distribuição e transporte de produtos.
Seu objetivo é recorrer a todos os meios possíveis
para facilitar o trabalho de seus “heróis” – pessoas que se instalam nas comunidades
rurais da Zâmbia para fomentar o desenvolvimento local.
Texto em PDF:
Disponível em < http://noticias.discoverybrasil.uol.com.br/a-nova-e-pujante-cultura-empreendedora-da-africa/
> Acesso dia 03 de junho de 2013.
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